quinta-feira, 28 de abril de 2011


Hoje eu parei para refletir de vez a minha vida, como é engraçado num dia a gente acha que tá apaixonado, no outro a gente acha que tá bem como está, eu confesso ter atirado para todos os lados, ter saído com vários garotos nesses ultimos meses, eu achei que ficar com todos me distrairia e me completaria, não posso dizer que pensei errado, porque nunca fui tão feliz nesse período, esperimentando novos beijos, novos carinhos e novas pegadas, porém, com o passar dos dias eu vi que tudo era tão bom, tudo era tão gostoso, era bom demais para ser verdade, meu coração transbordava de alegria, mas foi aí que eu pensei : - E o amor ? Meu coração está tão vago. No escuro do meu quarto, e no silêncio debaixo dos meus edredons eu chorava, chorava sem saber o motivo, foram tantos momentos, tantos amores, tantos carinhos, tudo jogado fora, a gente se beijava, se pegava e no dia seguinte cada um na sua e não se fala mais nisso, eu vi as minhas amigas à passeios românticos com seus ficantes, e eu ? Eu não tinha ninguém, não tinha para onde correr, não tinha ninguém para abraçar, ninguém para amar..Eu não amava e pior..nem era amada. O meu mundo começou a desabar, mas isso só acontecia a noite que era quando eu estava sozinha, era a unica hora que eu refletia, pois durante o dia a vida era só programações para a festa da semana que vem. Foi numa noite de quarta, quando tudo aconteceu..Naquela cidade pequena, calada, que ventava e não havia ninguém na rua, a não ser eu, sentada naquele banco, com os olhos úmidos, olhando para aquela casa fechada, escrita as siglas AAS .. que eu poderia soletrar como As Almas Silenciosas . Foi naquele olhar que eu lembrei momentos que passavam como um filme sobre meu cérebro, me bateu aquele arrepio, e eu lembrei dele, aonde estaria ele ? porque ele não estava lá ? porque aquela casa estava tão calada ? Foi quando senti Deus ao meu lado, e como numa brisa passando por meu rosto, ouvi uma voz lá no inconciente dizendo que eu não podia mais me enganar, que eu não podia mais fingir ser o que eu não era, que não valia a pena mentir para o meu próprio coração, que de nada adiantaria fingir que estava feliz, que ficar com vários caras estava sendo a solução, algo me dizia que enquanto eu tentava enganar a todos, eu estava enganando a mim mesma. Eu havia achado a resposta, eu não estava feliz, eu estava vazia, eu estava perdida, ninguém iria me querer enquanto eu não decidisse o que queria para mim, o que queria da minha vida. Mas lembrei que a situação era mais difícil do que eu imaginava, era muito mais difícil, dificil porque era um amor impossível, que nunca aconteceria, jamais. Eu não podia me entregar àquele sentimento denovo, eu iria sofrer, sofrer em dobro, e eu não podia dar esse gostinho à ele, mas poxa .. que gostinho ? Se ele nem ao menos sabe o que eu sinto por ele, eu nunca tive forças para me aproximar, e as poucas que tive foram em vão, ele nem sequer deu bola para o meu medíocre Oi . Naquela praça eu chorei, e naquela praça eu decidi, que eu seria forte para encarar todas as situações dali para frente, não adiantava desistir sem ao menos tentar, eu só poderia desistir depois que eu usasse todas as minhas forças e os meus argumentos, mas eu não sabia se eu seria forte, porque toda vez que o via minhas forças se esvaiam pelo ar, e eu só conseguia ficar calada, com vontade de chorar e olhando para aquele rosto perfeito que Deus o deu. Mas como eu iria tentar ? Como eu vou tentar ? Se antes uma parede nos separava, hoje uma distância de alta quilometragem roubou o lugar da parede, e se transformou em uma coisa mais impossível ainda, sem assunto, sem amigos para nos ajudar e sem as forças de que eu tanto preciso para encará-lo, nada resta fazer a não ser crer e esperar em Deus, e toda vez que for la, me alimentar com o simples olhar, mas desta vez, não o olhar de vê-lo em minha frente, e sim .. Olhar a única lembrança que me restou, aquela casa fechada, escura, fria e vazia e apenas lembrar, dos poucos e bons momentos que estive ali !

Nenhum comentário:

Postar um comentário