terça-feira, 9 de agosto de 2011


Sou uma alma solitária, aliás, nem sei ao certo quem sou. Meu coração vive partido com as incertezas da vida, minha alma vive a chorar por dentro até mesmo nos momentos de alegrias, porque por mais que tudo pareça estar bem, lá no fundo da alma, algo me diz estar errado. A felicidade, na maioria das vezes, é momentânea, depois que passa, vira pó, restam apenas saudades e a tristeza de tudo parecer ilusão. A vida é uma tremenda ilusão, nascemos, crescemos, beijamos, vamos para a faculdade, formamos, arrumamos um emprego longe, distanciamos de nossos amigos, formamos uma família quando enfim parece termos encontrado o homem ou a mulher ideal, temos filhos, passamos a viver somente em prol da família, perdemos entes e amigos queridos, e enfim, morremos. Vivo na luta por descobrir quem sou eu, de onde vim, porque eu vim, pra onde irei, quando irei. Mesmo sabendo que é inutil querer saber, porque ninguém nunca descobriu qual o nosso verdadeiro destino e qual o sentido de nossa vida na Terra. Vivo à viajar por essas estradas, admirando a natureza que me é tão bela, e se eu tenho algum motivo para agradecer estar viva, é que junto de minha vida posso apreciar a natureza, nunca vi nada mais belo que as àrvores, que as matas, que os pássaros, que os animais. Sento naquelas pedras e fico sozinha a refletir sobre minhas dúvidas da vida que tenho certeza, essas dúvidas nunca me serão claras. Sempre paro para refletir o que é o amor, e me perco em meus pensamentos, são tantos homens com quem já saí e acho que para falar a verdade, amei quase todos, os amei bem mais que a mim e para falar a verdade queria tanto que pelo menos um deles estivesse comigo nesses meus momentos de reflexão, gostaria tanto de ter alguém ao lado meu que quisesse desvendar mistérios do meu coração, queria tanto um alguém para me abraçar, me confortar, chorar comigo e ficar apreciando a chuva e as tempestades das noites em algum lugar distante, onde só houvessemos nós e o barulho de uma música romântica no fundo, não entendo como posso ser assim tão solitária, com essa mente tão turbinada, mas algo me diz que meu futuro não é viver na cidade, na aglomeração, na farra, algo me diz que sou bem mais que isso, minha vida é nos campos, apreciando a paz, admirando os cavalos, sentindo a brisa tocar forte o meu rosto, deixar a chuva cair com força em meu corpo e ter junto de mim um homem, que pense como eu, que viva como eu, somente este saberá o que se passa na minha cabeça e junto dele, aprenderei também muitas coisas e ali, vivendo em vão e intensamente, permaneceremos até que a morte bata em nossa porta, muitos na dúvida querem aproveitar a vida da maneira mais promiscúa possível, porque não sabem o que a morte reserva, mas eu, eu quero é viver intensamente, desfrutando dessa natureza bela, que um dia, eu ei de descobrir quem criou-a e como ela surgiu e para sempre, serei grata a esse alguém por ter me dado um motivo para acordar feliz no dia seguinte .

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